Olá. hoje resolvi falar um pouco sobre o meu parto. Na verdade eu passei por três tipos de parto, todos no mesmo dia (e tive um bebê só, rs, ainda bem). Vou explicar: No dia 18/01/2011 foi minha última consulta com o obstetra. Depois de me examinar, o médico disse que o Samuel estava pronto pra nascer a qualquer momento, e que se eu não entrasse em trabalho de parto naquela semana, era pra eu ir para o hospital no sábado, para eu ter o parto induzido. Esperei a semana toda e nada, então, sábado bem cedinho fomos eu e o Marcos (maridão, lógico) para o hospital. Chegando lá o médico me examinou, disse que eu estava com 3cm de dilatação, e que podia dar entrada na minha internação. Fui para o pré-parto.
A partir daí foram longas 10 horas até eu conhecer o rostinho do meu príncipe.
Das 9h da manhã até às 13:30h eu ainda não havia sentido dor nenhuma. A dor começou a partir das 14h, quando o Dr. estourou a minha bolsa. Mas eram contrações bem fracas... E nada de dilatar! Às 17h eu já (já?!) estava com 8cm de dilatação, e as dores começaram a aumentar. Enfim, depois de ver umas dez mães entrando naquela sala, tendo seus bebês, e indo pra enfermaria, eis que chegou a minha vez. Era exatamente 18h quando o Dr. me examinou pela última vez e disse que eu estava com 9,5cm de dilatação. Que vontade de socar o médico nessa hora. Diz 10cm de uma vez!! Fui tomar um banho morno, pra relaxar (ahãm, relaxar) e voltei pra cama. Comecei a fazer força quando vinham as contrações. Já não conseguia mais olhar para o relógio (que estava na minha frente), de tanta dor que estava sentindo, mas acho que foi lá por 18:30h que fui para a sala de parto. -Mais força, força, força, força! Dizia o médico. E eu já estava verde, roxa, azul, multicolorida, de tanto fazer força. Até que, depois de mais de vinte minutos tentando fazer meu filho sair, o médico pediu o tal do fórceps. Aff, gelei, acho que voltei a ficar branca naquele momento. Me deu medo de fazer mais força, e do médico puxar meu bebê com aquilo.
Resultado: nem com o bendito do fórceps o Samuel quis sair. Até hoje não sei ao certo o motivo pelo qual não consegui ter ele de parto normal. O médico disse que eu não estava fazendo a força necessária pra ele sair, mas, depois de conversar com várias mães, que tiveram seus bebês de PN, acredito que tenha sido por causa da dilatação, pois não senti dor nenhuma além das contrações, nem nas costas nem nos quadris, NADA. E também acho que demorou muito tempo para eu chegar aos 10cm... 9 horas...(sendo que várias mães chegavam lá com 4cm, esperavam no máximo duas horas, e já tinham seus babys, hunf!) Havia algo errado comigo (e não era falta de força), na minha percepção.
Bom, continuando... Depois de uma tentativa frustrada com o fórceps, o Dr. não tinha outra opção senão a cesárea. E lá fomos nós.
Nossa, eu estava tão apavorada que fiquei o tempo todo com os olhos fechados. Desde a sala de parto, até o centro cirúrgico, na hora da anestesia (o anestesista teve que ficar conversando comigo pra saber se eu estava bem, rs), e durante toda a cesárea. Só consegui abrir os olhos depois que ouvi o chorinho do meu bebê. Estava tão assustada que não consegui nem chorar na hora que a enfermeira trouxe ele pra eu ver. Foi a sensação mais maravilhosa do mundo ver meu pequeno ali, vivo, depois de tudo que ele passou pra poder vir ao mundo. Graças a Deus, depois de tudo que passamos, ele nasceu perfeito e saudável, às 19:22h do dia 22/01/2011, pesando 3030gr e medindo 46cm.
Enfim, tive a experiência de passar por três tipos de parto (porque o parto com fórceps não é considerado só PN) e afirmo: passaria por tudo novamente, pelo meu filho, para vê-lo perfeito e saudável!
A dor não é nada perto da compensação que nós, mães e pais temos depois que nossos bebês nascem. É o maior amor que podemos sentir, o amor pelos filhos. Por isso eu digo que quem não quer ter filhos (ou infelizmente não pode) não sabe e nem nunca vai saber o real significado do amor, o amor verdadeiro, incondicional, o amor que faz rir, faz chorar, o amor que muda totalmente as nossas vidas (pra melhor, pra muuuuuuuuuito melhor), o amor recíproco, o amor que não cabe em nós, de tão imenso...
Samuel, mamãe te ama demais!!
No hospital, com 1 dia de vida.
Com a mamãe.
Com o papai.
Com o polvinho. Rs.